30 março 2009
28 março 2009
Sophia Breyner
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"Sofia de Mello Breyner Andresen surge (...) como alguém que não quis fazer versos; mas que precisou de dizer as visões maravilhosas que trazia, o entendimento misterioso do universo que nela cantava num ritmo intenso.
E por isso, e como qualidade que por vezes se transformará em defeito formal, a sua poesia é duma pureza inexcedível. Não tem problemas verdadeiros ou falsos, não tem teorias, não tem gestos inúteis. É somente uma intenção, uma revelação de beleza. Sofia Andresen escreve o seu mundo e o mundo que lhe entrou pelos olhos extasiados, tudo fundido naquele ritmo de música e dança, de harmonia clara que é para ela uma exigência e um estilo. (...)
Sofia Andresen fala de si - toda a poesia é eminentemente pessoal – com um pudor feito de respeito pelas coisas; ela própria é como o mundo, na estranha agitação que o debate e anima, no sonho de beleza que a seduz.
O mundo, o mundo verdadeiro que não é o dos homens (...) mas sim o do mar, da noite, do sol e dos jardins, ergue-se para ela como limite e símbolo de toda a sua vida. (...)
A poesia de Sofia Andresen não é uma poesia paisagística ou descritiva. Pelo contrário as coisas nunca são «reais» mas sempre transpostas para um mundo de símbolos, penetrado de claridade e de beleza, porque nele se reflecte «a verdadeira face das imagens». (...)Porém, há qualquer coisa de inexprimível, de inexplicável na poesia de Sophia Andresen. De tal maneira a sua poesia é autêntica, liberta de atitudes mentais ou de sentimentos vulgares, que é dolorosamente pessoal. É verdadeiramente a expressão de um ser."
E por isso, e como qualidade que por vezes se transformará em defeito formal, a sua poesia é duma pureza inexcedível. Não tem problemas verdadeiros ou falsos, não tem teorias, não tem gestos inúteis. É somente uma intenção, uma revelação de beleza. Sofia Andresen escreve o seu mundo e o mundo que lhe entrou pelos olhos extasiados, tudo fundido naquele ritmo de música e dança, de harmonia clara que é para ela uma exigência e um estilo. (...)
Sofia Andresen fala de si - toda a poesia é eminentemente pessoal – com um pudor feito de respeito pelas coisas; ela própria é como o mundo, na estranha agitação que o debate e anima, no sonho de beleza que a seduz.
O mundo, o mundo verdadeiro que não é o dos homens (...) mas sim o do mar, da noite, do sol e dos jardins, ergue-se para ela como limite e símbolo de toda a sua vida. (...)
A poesia de Sofia Andresen não é uma poesia paisagística ou descritiva. Pelo contrário as coisas nunca são «reais» mas sempre transpostas para um mundo de símbolos, penetrado de claridade e de beleza, porque nele se reflecte «a verdadeira face das imagens». (...)Porém, há qualquer coisa de inexprimível, de inexplicável na poesia de Sophia Andresen. De tal maneira a sua poesia é autêntica, liberta de atitudes mentais ou de sentimentos vulgares, que é dolorosamente pessoal. É verdadeiramente a expressão de um ser."
Francisco de Sousa Tavares
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citação: “Mar, metade da minha alma é feita de maresia."
21 março 2009
a poesia é ...
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"Nunca se definiu, nem definirá poesia. A poesia é, vive ou paira, existe ou não existe. E acompanha a vida. É talvez um acréscimo de vida como toda a arte. Uma maneira íntima de adivinhar as coisas, de fundir o ritmo do mundo com o ritmo da nossa alma, uma pura e estranha intuição da verdade.
A Poesia é uma; as poesias são muitas, variáveis como a moda, sujeitas ao sabor do momento e ao gosto dos homens.
Não tem motivos. Todo o mundo é poético quando visto em verdade. Todas as coisas são maravilhosas quando as compreendemos. E a poesia limita-se afinal a iluminar a verdade, a beleza secreta que há em tudo aquilo que existe.
A poesia, a verdadeira poesia, é assim como que o maravilhamento natural dum ser que se abriu, e se tornou vidente. E a sua forma surgiu como um cântico, um hino, uma revelação súbita, extraordinária e incrível."
Francisco de Sousa Tavares
(posfácio do livro "MAR" de Sophia Breyner)
A Poesia é uma; as poesias são muitas, variáveis como a moda, sujeitas ao sabor do momento e ao gosto dos homens.
Não tem motivos. Todo o mundo é poético quando visto em verdade. Todas as coisas são maravilhosas quando as compreendemos. E a poesia limita-se afinal a iluminar a verdade, a beleza secreta que há em tudo aquilo que existe.
A poesia, a verdadeira poesia, é assim como que o maravilhamento natural dum ser que se abriu, e se tornou vidente. E a sua forma surgiu como um cântico, um hino, uma revelação súbita, extraordinária e incrível."
Francisco de Sousa Tavares
(posfácio do livro "MAR" de Sophia Breyner)
Dia Mundial da Poesia
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"Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior.
Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se o vento ..."
Alberto Caeiro
14 março 2009
Livro do Desassossego
"Não sei o que é o tempo. Não sei qual verdadeira medida que ele tem, se tem alguma. A do relógio sei que é falsa: divide o tempo espacialmente, por fora. A das emoções sei também que é falsa: divide, não o tempo, mas a sensação dele. A dos sonhos é errada; neles roçamos o tempo, uma vez prolongadamente, outra vez depressa, e o que vivemos é apressado ou lento conforme qualquer coisa do decorrer cuja natureza ignoro.
Julgo, às vezes, que tudo é falso, e que o tempo não é mais do que uma moldura para enquadrar o que lhe é estranho."
in "Livro do Desassossego" de Bernardo Soares
Julgo, às vezes, que tudo é falso, e que o tempo não é mais do que uma moldura para enquadrar o que lhe é estranho."
in "Livro do Desassossego" de Bernardo Soares
07 março 2009
Bernardo Soares
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Autor de "Livro do Desassossego"
(semi-heterónimo de Fernando Pessoa)
Não sendo a personalidade de Fernando Pessoa quase com ela se confunde, constituindo assim nas palavras do poeta uma simples mutilação dela: “Sou eu menos o racional e a afectividade”.
citação: "A vida é uma hesitação entre uma exclamação e uma interrogação. Na dúvida há um ponto final."Alberto Caeiro
06 março 2009
Ricardo Reis
Álvaro de Campos
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