Fernando Pessoa (1888 – 1935) é um dos mais proeminentes poetas do século XX e um dos nomes maiores de sempre na literatura portuguesa a par de Camões, ou mesmo ultrapassando-o. Ele é o mais português e o mais universal dos nossos poetas. Amplamente divulgado e estudado, traduzido em todo o mundo, objecto de culto elevado à escala de um grande mito, recebido apaixonadamente pelo público, integrado no programa escolar português, a sua obra é de uma emotividade, sensibilidade e universalidade tocantes.
Sendo hoje considerado um dos nossos maiores poetas de sempre, ombreando com os nomes cimeiros da literatura mundial do século XX.
Fernando Pessoa tornou-se um caso único de popularidade. A explicação desse fenómeno reside não só na qualidade da sua produção literária, nas inovações formais e temáticas da escrita, no estilo moderno e original, como também no facto de ter-se desdobrado em vários, adoptando diferentes estilos e abordando diferentes assuntos capazes de agradarem a um público heterogéneo que se revê sempre nalgum dos seus escritos, o que suscita a cumplicidade e logo o interesse e a atracção.
Os heterónimos, sendo Pessoa, retiram-lhe por assim dizer a responsabilidade do impacto da sua escrita provocatória e protegem simultaneamente o perfil discreto que sempre conservou, o que torna a sua vida e o seu pensamento um enigma que, apesar de serem objecto de interpretação constante de numerosos estudiosos portugueses e estrangeiros, ainda hoje permanecem por decifrar completamente. Os heterónimos são personalidades satélites da sua, máscaras nas quais se esconde.
Acerca dos seus heterónimos diz: “Pus no Caeiro todo o meu poder de despersonalização dramática, pus em Ricardo Reis toda a minha disciplina mental, vestida de música que lhe é própria, pus em Álvaro de Campos toda a emoção que não dou nem a mim, nem à vida."
citação: "Quando estou só, reconheço que existo entre outros que são como eu sós."
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