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08 setembro 2013

V Convenção Nacional de Bookcrossing

Convenção Nacional de Bookcrossing 2013
 
Local: Sala Pablo Neruda no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada
 
Um dos posters -  Libertar
(um dos 3Rs do Bookcrossing: Release)
 
Os cartões de identificação
 
Nuno Nepomuceno, um dos escritores presentes e autor do livro "O Espião Português"
 
7Set2013 - Finalmente consegui estar presente numa Convenção Bookcrossing! Foi muito bom reencontrar Bookcrossers e ter a oportunidade de travar novos conhecimentos BCs. Na viagem até Almada tive a companhia das BCs conto e Maria-Nunes, que gostei muito de conhecer.
Parabéns às organizadoras da Convenção e, em especial, à BC ladylouve que foi uma anfitriã fantástica.
Parabéns à ichigochi pelo 1º prémio dos Contos BC. Um conto muito bonito que foi lido por um dos escritores convidados. Parabéns também a todos os outros BCs premiados.   
Quanto aos escritores convidados (Nuno Nepomuceno, Milene Emídio e Miguel Miranda), desconhecia totalmente as suas obras. Foram interessantes esses momentos de prosa e saber um pouco mais acerca dos seus livros e do que vai por trás da sua escrita.
Riso, humor, gargalhadas e tagarelice fizeram companhia aos petiscos, no almoço.
No fim do dia, pós Convenção, ainda desfrutámos de um óptimo convívio ao ar livre.
Clap, Clap, Clap a todos os participantes da Convenção (presentes ou não) que de alguma forma contribuiram para manter vivo o espírito do Bookcrossing. 

07 setembro 2013

Ballycumbers

Os meus ballycumbers do Bookcrossing.


Dois presentinhos de uma arquitecta muito querida que fez integralmente o mais pequenino e para o maior contou com a minha participação.   
Foram feitos especialmente para irem comigo até à V Convenção do BookCrossing.

25 maio 2013

Feira do Livro 2013


Foi uma tarde ao ar livre e rodeada de livros. Todo o tipo de livros. Livros novos e usados, romances, aventura, históricos, ficção, técnicos, comédia, filosóficos, etc., etc. Que bom!
Claro que foi paragem "obrigatória" o encontro com a Ana Saragoça, autora de "Quando fores Mãe vais ver", para a felicitar (mais uma vez) pelo seu livro e lhe "caçar" um autógrafo. Fiquei duplamente contente pois fiquei a conhecer, pessoalmente, ainda uma outra Bookcrosser.

Entre uma e outra espreitadela pelos escaparates, fartei-me de sorrir com o que vi. Muito engraçadas várias situações que observei e que me fizeram recordar a infância, a minha paixão pelos livros e a minha felicidade quando os presentes que recebia eram, precisamente, LIVROS.
Foi tão giro observar quando duas meninas com os olhinhos a brilhar e a dar gritinhos de satisfação por terem, de repente, dado de caras com os livros da sua colecção preferida e, claro, a pedirem às mães para os comprarem rapidamente. A impaciência delas aliada com toda aquela excitação, dava a impressão de que estaria na iminência de aparecer à sua frente, "ESGOTADO!". Estavam com um ar tão feliz!
O sol também sorriu o que completou a tarde! J
(25Maio2013)

20 abril 2013

Presentes que ofereci a 3 bookcrossers em comemoração do meu 5º. aniversário como Bookcrosser.

(material que utilizei para confeccionar os marcadores de livros: cápsulas de café Nespresso, ganga estampada, elástico e botões) 

15 abril 2013

Heróis à Moda de Lisboa


"Alfacinha - Habitante de Lisboa; natural de Lisboa. Existem várias versões para explicar esta denominação dada aos naturais de Lisboa, mas a principal versão refere um hábito antigo da Lisboa burguesa de fins do séc. XIX. Em pleno romantismo, as famílias da classe média lisboeta tinham o costume, quase compulsivo, de, nas tardes solarengas de Domingo, se reunirem em almoçaradas pelas inúmeras hortas que existiam nos arredores da capital. Aí, acompanhando com o tradicional peixe frito, parece que se consumiam quantidades absurdas de salada de alface. Ora este hábito tornava-se tão peculiar quanto pitoresco aos olhos de quem vinha de fora da cidade. Na verdade, o consumo da alface era então pouco difundido pelo resto do país e esta moda foi estranhada e até caricaturada. "
in "Heróis à Moda de Lisboa"

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Livro de vários autores (na maioria Bookcrossers) que contam, de uma forma humorística, as histórias de Lisboa usando gíria e calão. No final está incluído um dicionário alfacinha com a explicação dos vocábulos utilizados.

01 abril 2013

Bookcrosser 5th year


"Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia."
Eugénio de Andrade

20 março 2013

O Adeus às Armas


"Continuámos a comer. Ouviu-se um ruído que parecia tosse, ou de uma locomotiva a pôr-se em movimento, e em seguida uma explosão que abalou novamente a terra.
- Este abrigo é pouco profundo – disse Passini.
- Foi um grande morteiro de trincheira.
- Foi, sim, senhor.
Comi o resto do meu pedaço de queijo e bebi mais um gole de vinho. No meio do barulho distingui novamente aquela tosse, depois o tchu-tchu-tchu-tchu – e de súbito um relâmpago como quando se abre de repente a porta de uma fornalha de fundição, um ribombar, branco primeiro, depois vermelho, num súbito revólver de ar. Procurei respirar, mas senti a respiração cortada, pareceu-me sair para fora de mim, cada vez mais, mais para fora, envolvido naquela ventania. Todo o meu ser fugia rapidamente, e sabia que estava morto e que era um erro supor que se morria e estava acabado; depois tive a impressão de flutuar, e em vez de ir para a frente senti-me recuar. Respirei e tinha voltado a mim. O solo estava todo revolvido e diante da minha cabeça havia uma trave despedaçada. Na confusão da minha cabeça ouvi alguém chorar. Pensei que fosse alguém a gritar. Procurei mover-me mas não pude. Ouvi as metralhadoras e as espingardas disparando do outro lado e ao longo do rio. Houve um grande clarão e os foguetões subiram, rebentaram, flutuaram, brancos, no ar, os morteiros ergueram-se e eu ouvi as granadas, tudo isto num momento, e então ouvi alguém dizer junto de mim: << Mamma mia! O mamma mia! >>

in "O Adeus às Armas" de Ernest Hemingway
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A Farewell to Arms - título original deste romance que tem a particularidade de o seu autor ter escrito 47 finais diferentes até encontrar "as palavras certas", segundo o que ele referiu numa entrevista.
Em 2012, foi editado um livro, nos EUA, que inclui os finais imaginados por Hemingway, bem como rascunhos e anotações de outras passagens do livro.

15 março 2013

A Morte Feliz

"Entre o vermelho do fogo, a palpitação do despertar da sala e a vida secreta dos objectos familiares que a povoavam tecia-se um poema, uma fuga, que predispunha Mersault a aceitar com um ânimo diferente, com confiança e amor, aquilo que Zagreus ia dizer-lhe. Recostou-se no cadeirão, e, de olhos fitos no céu, começou a ouvir a estranha história de Zagreus.
- Tenho a certeza – começara ele – de que se não pode ser feliz sem dinheiro. Não tenho dúvidas sobre isso. Não gosto da facilidade, nem dos romantismos. Gosto de saber como são as coisas. Pois bem, tenho notado que em certas pessoas de escol existe uma espécie de snobismo espiritual quando afirmam que o dinheiro não faz a felicidade. Parvoíce. Mentira. E, em certa medida, cobardia. Ora veja, Mersault, para um homem bem-nascido, ser feliz nunca foi complicado. Basta seguir o destino de toda a gente, não por desistência ou renúncia, como é o caso de tantos falsos grandes homens, mas com uma apetência de felicidade. A única coisa de que se precisa para se ser feliz é de tempo. Muito tempo. A felicidade é, ao fim e ao cabo, uma questão de longa paciência. E quase sempre passamos a vida a ganhar dinheiro, quando o que era preciso era ganhar tempo através do dinheiro. Esse é o único problema que sempre me interessou. É um problema preciso e claro."

in "A Morte Feliz" de Albert Camus
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Albert Camus, escritor nascido na Argélia e galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1957, é o autor deste romance que foi publicado postumamente. Após a morte de Camus vários documentos foram reunidos e publicados englobando o que se chamou Carnets Albert Camus. A Morte Feliz foi o primeiro volume, desses cadernos, a ser publicado.  

08 março 2013

Dia Internacional da Mulher


A minha homenagem à MULHER

(Portrait de Françoise de Pablo Picasso)

"Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levassse...
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes  e calma"

Sophia de Mello Breyner

mix(imagem+poesia) by Moonshine

21 fevereiro 2013

Cemitério de Lunáticos II


"- Jesus! Estamos mesmo à beirinha da nossa primeira luta de pesos pesados a sério. Recua.
- Reconheceste-a?
- Tinha olhos. E os olhos não se modificam.
- Pára com isso! - berrou ela.
- Okay - resmunguei. - Já parei.
- Pronto, aí tens. - Mais lágrimas voaram, semelhantes a diminutos cometas. - Já te amo outra vez. - Esboçou um sorriso batido pelo vento, o cabelo a emaranhar-se e a soltar-se sob a acção da corrente de ar, que nos banhava com uma brisa fria por cima do pára-brisas. Todos os ossos do meu corpo se derreteram perante aquele sorriso. Meus Deus, pensei, então ela não venceu sempre, todos os dias, durante toda a sua vida, com aquela boca e aqueles dentes e aqueles grandes olhos falsamente inocentes?
- Pois foi! - riu-se Constance, adivinhando-me os pensamentos.
- E olha agora - disse-me.
Parou de repente diante dos portões dos estúdios. Ergueu o olhar por um longo momento.
- Ah, meu Deus! - acabou por proferir. - Não é hospital nenhum. É onde as ideias do grande elefante vão morrer. Um cemitério para lunáticos."

in "Cemitérios de Lunáticos" de Ray Bradbury

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"Cemitério de Lunáticos" é uma obra de ficção, mistério, suspense e um ambiente irreal que são características dos livros deste escritor que ficou celebrizado pelo seu livro "Fahrenheit 451".

11 fevereiro 2013

Specially for...

Para a Mimi

Um livro florido para festejar um dia especial, o Aniversário da Mimi (19jan2013).
(marcador made by Moonshine)

09 fevereiro 2013

Comer Orar Amar


"- Não me estou a rir. - na verdade, estava a chorar. - e por favor não te rias  de mim agora, mas acho que a razão pela qual me é tão difícil esquecê-lo é porque acreditava mesmo que o David era a minha alma gémea.
- Provavelmente era. O teu problema é que não compreendes o que significam essas palavras. As pessoas pensam que uma alma gémea é o par perfeito e é isso que toda a gente quer. Mas uma verdadeira alma gémea é um espelho, uma pessoa que te mostra tudo aquilo que te retém, a pessoa que faz com que te centres em ti mesma para que possas mudar a tua vida. Uma verdadeira alma gémea é provavelmente a pessoa mais importante que alguma vez conhecerás porque deita abaixo as tuas defesas e desperta a tua consciência. Mas viver com uma alma gémea para sempre? Não. É demasiado doloroso. As almas gémeas entram na nossa vida para nos revelarem uma outra camada de nós mesmos e depois vão-se embora. E graças a Deus que assim é."
in "Comer Orar Amar" de Elizabeth Gilbert

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Comer Orar Amar de título original Eat Pray Love
Uma leitura que soube muito bem pois o livro tem um registo completamente diferente dos últimos que li. Foi como um break. A procura "O que quero para mim?" e "Para onde vou?" não foi  fastidiosa mas sim um relato de viagem interessante de uma mulher a tentar encontrar-se.
Um livro que deu para apreciar tanto em ambiente de início de noite como num dia de sol à beira-mar. 

03 janeiro 2013

marcadores de livros (made by Moonshine)

Desta vez o Arpeggio, o Ristretto e o Decaffeinato tiveram a companhia da prosa e da poesia de Mia Couto. E tenho a certeza de que as flores e o Arpeggio também se entenderam muito bem. J
Fiz estes marcadores artesanais especialmente para oferecer a um Bookcrosser e a 2 Bookcrosserzinhas. 

21 dezembro 2012

marcador de livros (made by Moonshine)

livro e marcador - presentes de Natal para uma Bookcrosser

19 dezembro 2012

Um cântico de Natal

"Era um jogo chamado Sim e Não, em que o sobrinho de Scrooge tinha de pensar em algo e os outros tinham de adivinhar o que era; ele só podia responder sim ou não às perguntas deles, conforme o caso. O bombardeamento de perguntas a que foi sujeito esclareceu que ele estava a pensar num animal, um animal vivo, um animal bastante desagradável, um animal selvagem, um animal que, por vezes, rugia e grunhia, e às vezes falava, e vivia em Londres, e caminhava pelas ruas, e não era exibido, e não era conduzido por alguém, e não vivia numa jaula, e jamais havia sido morto num mercado, e não era um cavalo, ou um burro, ou uma vaca, ou um touro, ou um tigre, ou um cão, ou um porco, ou um gato, ou um urso. A cada nova pergunta que lhe era colocada, este sobrinho rebentava de riso; e estava tão inexplicavelmente divertido que se viu obrigado a sair do sofá e afastar-se. Por fim, a roliça irmã, em excitação semelhante, gritou:
- Descobri! Eu sei o que é, Fred! Eu sei o que é!
- O que é? - perguntou Fred.
-  É o teu tio Scrooge!"

in " Um cântico de Natal" de Charles Dickens

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Com o título original: A Christmas Carol, publicado pela primeira vez em 19 de Dezembro de 1843, tornou-se num dos clássicos de Natal mais conhecido de todos os tempos. 

26 novembro 2012

marcadores de livros (made by Moonshine)

feitos especialmente para as minhas amigas, C. e I.

23 novembro 2012

Cemitério de Lunáticos I

"E lá estavam de facto eles.
Os lunáticos. Os imbecis. Os idiotas.
Essa molede adoradores, postados perante o relicário que eram os estúdios.
Bem à maneira dos viajantes da madrugada, que em tempos me haviam acotevelado no ataque aos camarotes do Hollywod Legium Stadium, a fim de vermos Cary Grant passar a correr, ou Mae West ondular pelo meio da multidão, como uma boa de penas sem ossos, ou então Groucho, oculto por Johny Weissmuller, que arrastava Lupe Velez atrás de si como se fosse uma pele de leopardo.
Os chalados, entre as quais a minha pessoa, munidos de grandes álbuns de fotografias, as mãos manchadas empunhando pequenos cartões garatujados. Os doidinhos, que se mantinham alegremente, encharcados em chuva, à porta do teatro onde decorria a première de Dame ou Flirtation Walk, enquanto a Depressão prosseguia, ainda que Roosevelt afirmasse que ela não poderia durar para sempre e que os Dias Felizes haveriam de voltar. 
Os predadores, os chacais, os demónios, os viciados, os tristes, os perdidos.
Em tempos, também eu fizera parte deles.
E agora ali estavam. A minha família."

in "Cemitério de Lunáticos" vol I de Ray Bradbury

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Cemitério de Lunáticos foi a minha leitura pelas nuvens na minha viagem a Moscovo.

20 novembro 2012

Crónica de Gonçalo M. Tavares

Domingo. Pequeno-almoço. Leitura obrigatória, a NM, claro! E, como sempre, na última página está  uma crónica desconcertante de Gonçalo M. Tavares. Mais uma que nos deixa espantados pois consegue chegar a conclusões absurdas através de raciocínios perfeitamente lógicos. Um escrita fantástica!
"(...) ... sobre as pontes
A ponte é um barco de grande comprimento levantado por um guindaste e que naufragou com a proa numa das margens e com a ré na outra. Como não o conseguiam desencravar utilizaram-no como estrada de passagem de uma margem para outra. Um barco é portanto uma ponte desencravada das margens ou uma ponte que alguém ( o engenheiro, o engenheiro!) teve o cuidado de fazer com pequenas dimensões. Viajar de barco, de um continente a outro, é atravessar a ponte que liga os dois continentes, a pé, e durante muito tempo. Um barco é uma ponte com motor, e uma ponte é um barco sem motor." 
de Gonçalo M. Tavares in Notícias Magazine (18Nov2012)