25 julho 2012

A Tia Júlia e o Escrevedor


"Disse-lhe que a tia Julia não era mais um cata-vento frívolo como ela (o que realmente lhe encantou). Mas a mesma pergunta já a fizera eu várias vezes. Tinhamo-nos sentado em frente ao mar, num parquezinho belo com um nome impronunciável (Domodossola ou qulquer coisa assim) e ali, abraçados, a beijarmo-nos sem tréguas, tivemos a nossa primeira conversa sobre o futuro.
- Sei tudo com pormenores, vi numa bola de cristal - disse-me a tia júlia, sem a menor amargura. - Na melhor das hipóteses o nosso caso duraria três anos, talvez uns quatro, quer dizer, até encontrares a miúda que vai ser a mamã dos teus filhos, Então mandas-me embora e terei de seduzir outro cavalheiro. E aparece a palavra "Fim". "

in "A Tia Júlia e o Escrevedor" de Mario Vargas Llosa
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Este romance de Vargas Llosa, que se desenvolve em dois níveis que correm paralelos numa perfeita alternância, é o primeiro livro que leio deste escritor.

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